STDS realiza III Seminário sobre Violação de Direitos e Violência contra a Mulher

2 de abril de 2018 - 13:52 # # #

Assessoria de Imprensa da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social

Na Capital, 134 municípios participam do evento. Já em Juazeiro do Norte, a primeira edição do seminário será realizada na segunda-feira (2)

“Nós estamos na luta diária para emponderar e inserir as mulheres que são vítimas da violência doméstica e se encontram em situação de vulnerabilidade no mercado de trabalho. A autonomia e emancipação financeira desse público é o trampolim para uma nova realidade, onde a mulher se torna condutora da própria vida e se afirma enquanto sujeito de direitos”, ressaltou o Secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social, Josbertini Clementino. O secretário participa nesta segunda-feira, 2 de abril, do I Seminário Estadual sobre Violação de Direitos e Violência contra a Mulher, que ocorre no Instituto Federal do Ceará (IFCE)de Juazeiro do Norte.Um total de 134 municípios – das regiões Centro Sul, Grande Fortaleza, Litoral Leste, Litoral Norte, Litoral Oeste/Vale do Curu, Maciço de Baturité, Serra da Ibiapaba, Sertão Central, Sertão de Canindé, Sertão dos Crateús, Sertão dos Inhamuns, Sertão de Sobral e Vale do Jaguaribe estão presentes no seminário, em Fortaleza.

Nenhum direito a menos

“Este é um momento de articulação, precisamos nos unir para combater a violência contra a mulher, que, infelizmente tem aumentado assustadoramente. O que percebemos é que a medida em que as mulheres adquirem consciência de seus direitos, as agressões aumentam. Neste primeiro trimestre de 2018 a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social registrou cerca de 50 assassinatos de mulheres por mês, o que representa um aumento de 306% com relação ao ano passado”, frisou Jaqueline Pinheiro, supervisora da Casa do Caminho.

Para a assistente social do município de Chaval, Tereza Silva, o seminário é importante a medida em que proporciona troca de experiências entre os profissionais de diversos municípios e da capital. “Nós que atuamos na gestão do município e vemos de perto todos os dias casos de violência doméstica, sabemos a importância de adquirir conhecimentos e ter preparo para conversar com estas mulheres, que muitas vezes não tem mais autoestima, nem forças para procurar ajuda. Ações como esta, junto as mobilizações e o compromisso dos assistentes sociais, fortalecem a rede de atendimento que acolhe esse público”, explica Tereza Silva.

Inclusão Produtiva e Autonomia

Para a orientadora da Célula de Educação Social e Profissional da STDS, Robertha Arrais, falar de inclusão produtiva gera a necessidade de compreender a intersetorialidade de duas importantes políticas: do Trabalho e da Assistência Social. “A Inclusão Produtiva propicia o acesso de populações brasileiras que se encontram em linha de extrema miséria a oportunidades de ocupação e de renda, visando a emancipação dos usuários e suas famílias”, ressalta Robertha Arrais, cuja palestra Inclusão Produtiva como Alternativa de Emancipação da Mulher e a consequente Superação da Violência, será apresentada durante o evento.“É interessante perceber as ações ofertadas pelo Estado para que o olhar sobre o recorte da mulher em situação de violência seja trabalhado de maneira individualizada, permitindo traçar ações e estratégias de atuação eficazes de superação”, completa a orientadora.