No Ceará, obras de novos trechos da ferrovia Transnordestina devem gerar 1300 empregos diretos
23 de janeiro de 2024 - 13:45 #empregos #investimento #Novo PAC #Transnordestina
Larissa Falcão – Ascom Casa Civil – Texto
Carlos Gibaja e Thiago Gaspar/Casa Civil – Fotos
Lotes 4 e 5 têm percurso de 101 km e R$ 1 bilhão em investimento; ordem de serviço foi assinada nesta terça (23)
Prioridade para o Governo Federal, o projeto da ferrovia Transnordestina inicia agora as obras nos lotes 4 e 5, com 101 km no total, entre os municípios de Acopiara, Piquet Carneiro e Quixeramobim, no Ceará. Nesta terça-feira (23), a ordem de serviço foi assinada, em Fortaleza, com as presenças do governador Elmano de Freitas; do diretor-presidente da Transnordestina Logística SA (TLSA), Tufi Daher; do presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara; do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão; e outras autoridades.
Os lotes 4 e 5 contam com investimento de aproximadamente R$ 1 bilhão. A perspectiva é que sejam criados cerca de 1.300 postos de trabalho diretos, e 2.500 de forma indireta nas cidades da construção.
Caminho para o desenvolvimento
Parte do Novo PAC, a ferrovia tem ao todo 1.206 km de extensão em linha principal, atravessando 53 municípios em três estados (Piauí, Ceará e Pernambuco), ligando Eliseu Martins (PI) ao Porto do Pecém (CE), na Região Metropolitana de Fortaleza, passando por Salgueiro (PE). O objetivo é transformar o Nordeste em polo exportador de minério de ferro e conectar, por trilhos, o sertão e o mar. A fase 1 do empreendimento já alcançou 70% de execução.
O governador Elmano defendeu que o empreendimento representa a transformação da economia do Nordeste, principalmente nos sertões. “Nós temos um prognóstico de que vamos dobrar o volume de cargas no Porto do Pecém, e vamos ajudar muito várias cadeias produtivas no interior do Ceará. Com a Transnordestina vai vir milho e soja para os produtores de leite, de suíno, de aves. A Transnordestina cruza o sertão, entrando pelo Cariri, passando pelo Sertão Central e Maciço de Baturité, até chegar ao Porto do Pecém. Nosso polo calçadista também vai poder exportar”, afirmou.
Para isso, a ferrovia no Ceará terá um total de 608 km e funcionará com três terminais de carga. Um dos terminais, com foco em grãos, ficará na região entre Iguatu e Quixadá. A localização dos outros dois – um para combustíveis e outro para fertilizantes – ainda será definida pela empresa.
“[Investimento no Ceará] vai ser R$ 6,5 bilhões e vamos ter mais R$ 2 bilhões no Porto do Pecém. Depois, uma parte vai ser feita até mais dentro da produção de grãos no Piauí. É importante para o Ceará aproximar a ferrovia da região produtora de grãos”, explicou o governador.
Os serviços nos lotes 4 e 5 incluem cinco milhões de metros cúbicos de movimento de terra, 11 viadutos , cinco pontes e todo o sistema de drenagem, além das camadas de sub lastro do corpo da ferrovia.
Tufi Daher, diretor-presidente da Transnordestina Logística SA (TLSA), destacou o ritmo acelerado das obras nessa nova fase. “Já em 2025 vamos iniciar o transporte experimental de grãos, trazendo do interior do Piauí até a bacia leiteira em Quixeramobim, Piquet Carneiro. Nossa previsão é, tão logo a gente finalize, ou até mesmo antes, a chegada no Porto do Pecém, daremos início à finalização do trecho no Piauí”. A previsão é que a ferrovia entre em operação entre o fim de 2026 e o começo de 2027.
Paulo Câmara, presidente do Banco do Nordeste, reforçou o compromisso para concretizar a Transnordestina. “O Presidente Lula nos convocou e disse que queria que o Nordeste voltasse a crescer da forma certa, melhorando a vida do povo e gerando empregos. Uma obra estruturante que nos pediu para priorizar foi a Transnordestina. Ela vai mudar a realidade e avançar [a região] cada vez mais”.
Presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão também avaliou o impacto da obra para os cearenses. “É importante termos uma economia pujante. Desenvolvimento econômico precede os vetores da competitividade e sustentabilidade; olhar para o ser humano e para o meio ambiente. Essa assinatura é exatamente simbólica. Nós cearenses já sonhamos com a Transnordestina há algum tempo”, concluiu.