Atividade na Beira Mar alerta sobre doença falciforme

26 de junho de 2015 - 13:47

Junho é o mês do Dia Nacional do Teste do Pezinho e do Dia Internacional da Anemia Falciforme. Para marcar as duas datas, a Secretaria da Saúde do Estado, Hospital Infantil Albert Sabin,  Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen), Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, Universidade Estadual do Ceará (UECE) e Associação Cearense das Pessoas com Doença Falciforme darão orientações na Avenida Beira Mar, Praça dos Estressados, neste sábado (27), das 8 às 11 horas. O objetivo da atividade é alertar a população sobre a detecção precoce e a necessidade de acompanhamento médico das pessoas com doença falciforme.

A doença falciforme é o tipo de patologia genética com maior incidência na população brasileira e tem diagnóstico e tratamento acessíveis. É uma das doenças genéticas mais comuns no mundo, causada pela mutação no gene que produz a hemoglobina. Essa mutação teve origem no continente africano e pode ser encontrada nas populações de várias partes do mundo. No Brasil, devido ao grande contingente de população com ascendência africana, a doença falciforme faz parte de um grupo de doenças e agravos relevantes que afetam a população negra e foi incluída nas ações da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da População Negra do Ministério da Saúde.

No Ceará, o Lacen é responsável pelas análises da triagem neonatal dos 184 municípios do Estado. A triagem neonatal é uma ação preventiva que permite fazer o diagnóstico de diversas doenças congênitas ou infecciosas, assintomáticas no período neonatal, a tempo de se interferir no curso da doença, permitindo, desta forma, o início do tratamento precoce e a diminuição ou eliminação das sequelas associadas a cada doença.

No Lacen são realizados exames das fases I, II e III do teste do pezinho, que identificam fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e fibrose cística na triagem neonatal. O teste é feito a partir de gotas de sangue colhidas do calcanhar do recém-nascido. O tempo entre a coleta e a realização do teste é de importância vital para dar início ao tratamento dos casos diagnosticados. Por isso, a recomendação é realizar o teste entre o 3º e o 7º dia de vida do bebê. O laboratório cumpre um importante papel para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde quando contribui com a prevenção e redução da morbimortalidade provocada pelas patologias triadas. Em 1992, o teste se tornou obrigatório em todo o país.

No Ceará em 2014, das 105.670 recém-nascidos triados, 27 receberam exames positivos para as hemoglobinopatias, sendo 21 casos de anemia falciforme. Em 2013, foram 103.307 crianças triadas, com 15 casos positivos para anemia falciformeNa rede pública da Secretaria da Saúde do Estado, os hospitais que garantem o teste do pezinho a todas as crianças que nascem em suas unidades ou são internadas na UTI neonatal são Hospital Infantil Albert Sabin, Hospital Waldemar Alcântara, Hospital Geral César Cals, Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e Hospital e Maternidade José Martiniano de Alencar.

Não há tratamento específico para a doença falciforme, uma doença para a qual ainda não se conhece a cura. Os portadores precisam de acompanhamento médico constante para manter a oxigenação adequada nos tecidos e a hidratação, prevenir infecções e controlar as crises de dor. As pessoas devem seguir as seguintes orientações:

– Exija que o teste do pezinho seja feito em seu filho logo depois do nascimento. Se for constatado que é portador de doença falciforme, encaminhe-o logo para um médico especialista;

– procure imediatamente assistência se a pessoa com doença falciforme tiver uma crise de dor. Embora às vezes ela possa ser tratada em casa com analgésicos, repouso e ingestão de muito líquido, só o médico poderá avaliar a necessidade de internação hospitalar;

– entenda a febre da pessoa com doença falciforme como um sinal de alerta e não faça uso de medicamentos sem orientação médica;

– leve imediatamente para o hospital mais próximo a criança com doença falciforme que ficou pálida de repente;

– alterações oculares podem ocorrer nesses pacientes. Por isso, eles devem ser avaliados periodicamente por um oftalmologista.

26.06.2015

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