Autobiografia do poeta popular Alberto Porfírio será lançada segunda-feira (25)

22 de outubro de 2010 - 13:59

Reconhecido entre poetas e cantadores como o grande nome da poesia popular, ao lado de Patativa do Assaré, Alberto Porfírio ainda não teve o devido reconhecimento da crítica e do público em geral. A obra tem 350 páginas e é a última escrita por Porfírio, entregue à Secult para publicação pouco antes da morte do poeta. Nela, Porfírio desfia a sua “biografia” de forma original e criativa, contando parte da sua vida, na maioria das vezes, por meio da poesia. O texto retrata, segundo o autor, o período de sua vida que vai de 1926 a 2006 (o biografado faleceu em 2009).

O livro será vendido a R$10,00 (dez reais). Para o lançamento, foram convidados os familiares do poeta, que receberão o livro e a tiragem destinada ao autor, de forma simbólica, durante a homenagem, além da participação e apresentações de cordelistas, cantadores, violeiros, admiradores e amigos do poeta.

A apresentação do livro será feita por Orlando Queiroz.

Sobre o autor – Nascido em Quixadá (CE), em 23 de dezembro de 1926, Porfírio desenvolveu sua leitura por meio de cordéis de Leandro Gomes de Barros, João Martins de Ataíde, Luís da Costa Pinheiro e outros. Com a seca de 42, em plena II Grande Guerra, partiu, com a viola e cantoria, para ganhar a vida. Porém, alistou-se como “soldado da borracha”, desistindo pouco antes da partida. O navio que levou os demais companheiros foi torpedeado e todos mortos. Retornou aos estudos com mais idade, estudando na sala ginasial ao lado da de seu filho mais velho. Mais tarde, tornaria-se professor pela Universidade Federal do Ceará.

Foi autor de centenas de folhetos de cordéis e, dentre as suas obras, Poetas Populares e Cantadores do Ceará (1977), O Livro da Cantoria (1997) e outras, inclusive, inéditas. Viajou pelo Brasil divulgando a arte do repente, da cantoria e a poesia popular; participou de pelejas, congressos e da fundação da Casa do Poeta Brasileiro em Brasília; ministrou cursos de cantoria pelo rádio e criou esculturas em diversas partes do Brasil, dentre as quais a do Cego Aderaldo e de Domingos Fonseca. Depois de sofrer um Acidente Vascular Cerebral que o debilitou, decidiu escrever sua Autobiografia oferecendo-a para publicação desta Secretaria da Cultura, após ser, por ela, homenageado em sua Feira do Sebo. Bastante conhecido e admirado no meio da cantoria e do cordel, estranhamente, nunca obteve o devido reconhecimento pela mídia. Faleceu em Fortaleza, em 23 de setembro de 2009.

22.10.2010

Assessoria de Imprensa da Secult

Bianca Felipsen (imprensa@secult.ce.gov.br / 85 3101-6761 – 3101-6759)