HGF faz mutirão de dor de cabeça neste sábado (4)

3 de junho de 2016 - 14:01

“Quando eu estava em crise, eu tinha que correr para o hospital, para tomar uma injeção na nuca, pois minhas dores eram tão fortes que não tinha remédio que ajudasse. Só com a injeção as minhas dores eram aliviadas”, relata dona Francisca Aurineide, 48 anos. A dona de casa conta que desde que começou o tratamento no Ambulatório de Cefaleia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), da rede pública do Governo do Estado, a sua vida melhorou. Depois de ter sido feito o diagnóstico correto para o tratamento da sua dor de cabeça, ela sente menos crises e não precisa mais das injeções.

banner enxaqueca hgfVendo que muitas outras pessoas também sofriam do mesmo problema da dona Francisca e que o número de procura por tratamento era muito alto, o neurologista e também membro da Sociedade Brasileira e Internacional de Cefaleia, João José Carvalho, criou o “Mutirão da dor de cabeça”, que está completando 10 anos. O HGF marca uma década de realização de mutirões, com um mutirão no próximo sábado (4), e tem com o tema “Três é demais”. Começará às 8 horas, no edifício Régis Jucá, do HGF, na Rua André Dall’Olio, s/n, Papicu. Atenderá os 80 primeiros pacientes que chegarem com encaminhamento da atenção básica para uma consulta com neurologista pelo motivo dor de cabeça. Os pacientes devem apresentar um documento de identificação, com foto.

Tratamento correto

O mutirão será realizado em parceria com Sociedade Brasileira de Cefaleia  e em conjunto com Academia Brasileira de Neurologia. O neurologista João José de Carvalho fala que “quanto mais cedo se faz o tratamento, melhor é o resultado. A maioria das pessoas só procura o médico quando a dor já está crônica, o que dificulta o tratamento. O certo é procurar o especialista o quanto antes, para poder identificar o sintoma e fazer o tratamento correto”, explica. 

Neurologistas e médicos residentes do ambulatório atenderão e darão orientações às pessoas que chegarem ao hospital para o tratamento da dor de cabeça. O neurologista João José explica que existem dois tipos de tratamento: tratamento de crise e tratamento preventivo. “O tratamento da crise é feito através de analgésicos que os pacientes podem encontrar, em qualquer farmácia. Já o preventivo é feito com medicamentos específicos que se tomam todos os dias, durante pelo menos um ano”. Ainda segundo ele, cerca de 78% dos pacientes que são atendidos pelo hospital melhoram das dores com o tratamento correto.

A comerciante Rosinei Rodrigues, 29 anos, faz o tratamento no Ambulatório de Cefaleia do HGF há 4 anos. Ela fala que desde os 10 anos começou a sentir dores de cabeça e com o passar dos anos, as dores só foram piorando. “Eu tinha dores terríveis e elas só foram piorando. As crises de enxaqueca começaram a ser em toda a minha cabeça, descia por todo pescoço e meu rosto ficava todo inchado. Hoje em dia graças a Deus, eu faço o tratamento certo e não fico mais com crise”, explica. Os pacientes que não forem atendidos neste sábado receberão orientação e terão seus nomes e contatos cadastrados para agendamento de consulta no ambulatório de dor de cabeça do HGF.

Criado em 2006, o mutirão da cefaleia é uma iniciativa que foi pioneira no Estado do Ceará. O ambulatório realiza, em média, 100 atendimentos por mês, sempre às quintas-feiras. Anualmente, é realizado um mutirão entre os meses de maio e junho quando o ambulatório recebe novos pacientes encaminhados da rede primária e secundária. Possui cinco consultórios e uma equipe formada por médicos e residentes. O HGF garante ainda exames, como punção lombar, ressonância magnética e tomografia computadorizada, necessários para investigação de alguns casos de dor de cabeça. Pacientes do ambulatório também podem receber medicamentos de alto custo, quando prescritos, gratuitamente, no hospital.

No último mês de fevereiro, o Ambulatório de Cefaleia do HGF completou 25 anos de serviços, com atendimento especializado à população cearense. No balanço de serviços, cerca de 45 mil consultas, beneficiando aproximadamente 12 mil pacientes. De acordo com o neurologista João José Carvalho, fundador do ambulatório, as pessoas atendidas no ambulatório sofrem, em geral, com dores de cabeça primárias – aquelas em que a dor de cabeça é a própria doença e não um sintoma de outra enfermidade. Estudos realizados no ambulatório mostram que 68% dos pacientes atendidos têm enxaqueca.

03.06.2016

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