AESP promove I Competição de Abordagem Policial entre candidatos do CFP/PMCE

5 de setembro de 2013 - 11:52

A Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (AESP/CE) realizou a etapa final do estágio da disciplina de Ação Policial Supervisionada, com a I Competição de Abordagem Policial, no Ginásio Poliesportivo, envolvendo os 35 grupos de candidatos do Curso de Formação Profissional para o Cargo de Soldado da Carreira de Praças da Polícia Militar do Ceará (CFP/PMCE).

A Competição consistiu na disputa amigável entre os grupos que simularam situações de abordagens a pessoas em situações de vulnerabilidade social que estivessem em atitude suspeita, aplicando o que está previsto na legislação e nos estatutos cabíveis. O evento proporcionou aos candidatos colocarem em prática o que foi aprendido durante a disciplina de Técnica Policial Militar. Avaliaram a conduta e as técnicas dos futuros novos policiais militares, vários defensores e representantes dos Direitos Humanos e de grupos de minoria do Governo do Estado do Ceará, da Prefeitura de Fortaleza e de outros movimentos sociais.

Entre os representantes do Gabinete do Governador estiveram presentes: a Coordenadora de Políticas Públicas sobre Drogas, Maria do Perpétuo Socorro França, a Coordenadora Especial de Políticas Públicas para os Idosos e Pessoas com Deficiência, Isabel Cristina de Pontes Lima, o Coordenador de Políticas Públicas de Igualdade Racial, Ivaldo Paixão, o Coordenador Especial de Políticas Públicas para a Juventude, Ismênio Bezerra, a Coordenadora Especial de Políticas Públicas de Direitos Humanos, Ana Paula Araújo, o Coordenador Estadual Interino de Políticas Públicas para a População LGBTT, Junior Queiroz.

Também prestigiaram a competição a Assessora do Eixo de Educação e Cultura Não Discriminatória da Coordenadoria de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos, Evanida Paula Castro, o Coordenador Executivo de Diversidade Sexual da Prefeitura de Fortaleza, Jorge Pinheiro, a Coordenadora da Equipe Técnica do Programa de Proteção a Defensores de Direitos Humanos, Tarciana Lima, o Coordenador da Equipe Técnica do Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas, Breno da Silva, a Coordenadora do Centro de Referência de Direitos Humanos, Neuma Cipriano, e os Coordenadores Estaduais da Central Única das Favelas, Herivelton Silva Teixeira e Del Lagamar. Além deles, os representantes da Comissão de Segurança Pública da OAB-CE, João Batista de Lima e Luciana Sales Cirino.

Também avaliaram as simulações o Diretor Geral e a Secretária Executiva da AESP, Cel PM Roosevelt Alencar e Mariana Abreu, além de Oficiais de diversas unidades da PMCE e demais representantes da AESP.

Foram simuladas abordagens a idosos, mulheres, gestantes, crianças e adolescentes, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transsexuais, usuários e dependentes de drogas, pessoas com deficiência física, auditiva e psíquica, autistas, negros, moradores de rua e demais grupos de minorias, que apresentavam condutas suspeitas de cometimento de atos ilícitos.

A Coordenadora de Políticas Públicas sobre Drogas, Maria do Perpétuo Socorro França, parabenizou a AESP pela iniciativa. “Este momento é único, nunca vi uma experiência dessas no início das carreiras policiais. É importante não se pensar apenas na segurança repressiva. A diferença na Segurança não se faz pela força, mas pelo respeito e pelo amor.” Ela se dirigiu aos candidatos afirmando que eles eram o futuro da Segurança Pública de nosso Estado. “Todos nós, cidadãos, aguardamos ansiosamente o cumprimento da missão que vocês cantaram no hino. Mostrem o que vocês são, uma raça de fortes, que notadamente farão da Segurança Pública tudo o que aqui se espera”.

O Coordenador de Políticas Públicas de Igualdade Racial, Ivaldo Paixão, também enalteceu a atitude da AESP, e afirmou que “o respeito à cidadania começa na Academia”.

Completando o pensamento de Ivaldo Paixão, Del Lagamar, Coordenador da CUFA,  afirmou que “uma boa abordagem é o início de uma grande amizade entre a Polícia e a comunidade”.

Segundo a Coordenadora Especial de Políticas Públicas de Direitos Humanos, Ana Paula Araújo, a ação educacional que Academia propôs é importante, pois traz a temática dos Direitos Humanos para a prática. “Os casos que vimos simulados aqui são concretos e são os que os candidatos vão se deparar na rua. Eles estão saindo daqui com uma semente muito bem plantada. A defesa dos Direitos Humanos deve ser efetiva e afetiva. Isso é o que se faz criar uma cultura de paz”.

A Secretária Executiva da AESP, Mariana Abreu, ressaltou a sensibilidade do Cel Alencar de criar a atividade, indicando que ela refletirá diretamente no serviço prestado à sociedade. Ela se dirigiu aos candidatos afirmando: “Em breve vocês estarão contribuindo para a nossa Segurança Pública que tanto precisa de vocês”.

Para o Diretor Geral da AESP, Cel PM Roosevelt Alencar, a cada dia que se passa o trabalho da Polícia se torna mais complexo. “Temos de nos adaptar às novas realidades. O lugar para se errar é aqui, mas nas ruas não podemos admitir erros, pois estaremos lidando com a vida da população. Quanto mais aproximação tiver o policial da comunidade, maior será o reconhecimento, o respeito, a confiança e a chance reduzir os índices de criminalidade.”

Ele ainda afirmou que era o momento era ímpar, um marco positivo na formação profissional dos futuros soldados da PMCE, pois se iniciava um verdadeiro diálogo e sem barreiras com a sociedade, aberto às críticas da sociedade, que é a destinatária final da prestação dos serviços policiais. Finalizando, o Diretor explicou que “o policial deve, antes de abordar, levar em consideração a legalidade, necessidade, proporcionalidade e segurança dos envolvidos na abordagem policial.”

Segundo um dos 1.143 candidatos, Jeffson Souza, do Grupo 17, a importância do evento se deve ao aprendizado mais amplo da abordagem policial. “Aqui nós temos um contato com os diversos tipos de abordagem que iremos nos deparar na rua. Podemos ver e participar, adquirir conhecimento prático de como nos portar na rua, com os diferentes tipos de público.”

Com a ação, a AESP buscou orientar os futuros profissionais de Segurança Pública a pautarem o exercício das funções no respeito à legislação vigente e aos direitos e liberdades individuais.

05.09.2013

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