Ceará chega aos 60 transplantes de medula óssea

18 de outubro de 2012 - 17:43

O Ceará chega nesta sexta-feira (19), aos 60 transplantes de medula óssea realizados no Estado. Desde de 2008, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), unidade da Secretaria da Saúde do Estado, realiza em parceria com o Hospital Universitário Walter Cantídio, o transplante autólogo, quando o paciente recebe células sadias da própria medula. Os 19 transplantes de medula óssea feitos este ano já superam os 17 realizados no ano passado pela equipe transplantadora do Hemoce e HUWC. Os números são crescentes ano a ano – foram dois transplantes em 2008, sete em 2009, 14 em 2010, 17 em 2011 e 19, até agora, em 2012. O primeiro transplante autólogo do Sistema Único de Saúde no Ceará aconteceu no dia 26 de setembro de 2008. Dos 59 pacientes transplantados, somente dois não sobreviveram.

A medula óssea é um líquido que fica armazenado dentro de alguns ossos do corpo e que tem como função produzir as células do sangue. O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento para algumas doenças que afetam as células do sangue, como leucemia e linfoma. Consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável. O transplante pode ser autólogo, ou autogênico, quando a medula vem do próprio paciente. No transplante alogênico a medula vem de um doador. O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea, obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.

Antes da doação, o doador faz um rigoroso exame clínico incluindo exames complementares para confirmar bom estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. A doação é feita em centro cirúrgico, sob anestesia, e tem duração de aproximadamente duas horas. São realizadas múltiplas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e é aspirada a medula. Retira-se um volume de medula do doador de, no máximo, 15%. A retirada não provoca nenhum comprometimento à saúde do doador.

O Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome) é um sistema criado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) para registrar as informações de possíveis doadores de medula óssea. O sistema facilita as buscas de compatibilidade com receptores e reúne as informações básicas de identificação e especificidades, como resultados de exames e características genéticas de pessoas que se dispõem a ser um doador. Quando um receptor não possui um doador aparentado, é feita uma busca no Redome de cadastros que possam ser compatíveis, para que assim seja feita a doação. O Redome integra a rede internacional de registros de doadores de medula óssea.

 

957 transplantes

Até esta segunda-feira, 15 de outubro, o Ceará realizou este ano 957 transplantes. Foram 216 transplantes de rim, sete de rim/pâncreas, 25 de coração, 133 de fígado, três de pulmão, 19 de medula óssea, 14 de válvula cardíaca, 526 de córnea, um de pâncreas isolado, dois de pâncreas-rim e 11 de esclera. Já são mais transplantes que os realizados anualmente até 2010. Desde 2007, o Ceará bate recordes sucessivos de transplantes. Naquele ano, foram realizadas 654 cirurgias, contra as 446 do ano anterior. Em 2008, novo recorde, com 742 transplantes realizados. Em 2009, chegou a 760 transplantes, e em 2010, o total ficou em 872. Em 2011, a marca dos mil procedimentos foi ultrapassada com a realização de 1.295 transplantes.

No primeiro semestre deste ano, o Ceará assumiu o segundo lugar do país na efetivação de doações de órgãos e tecidos. De 17,5 doações efetivas por milhão da população registradas em 2011, o Ceará pulou para 20,8 doações efetivas, atrás apenas de Santa Catarina, que registrou 25,4 doações efetivas por milhão da população, de acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT).

 

18.10.2012

Assessoria de Comunicação da Sesa

Selma Oliveira / Marcus Sá ( selma.oliveira@saude.ce.gov.br / 85 3101.5220 / 3101.5221 /8733.8213)

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