Ceará inova e diversifica modelo de gestão da rede de assistência do SUS

15 de outubro de 2010 - 18:30

Com fortes investimentos na infraestrutura de saúde e inovações nos modelos degestão da rede de assistência do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ceará avança em uma das estratégias do Programa Nacional de Humanização da Atenção e da Gestão do SUS (HumanizaSUS), lançado em 2003 pelo Ministério da Saúde, que tem o objetivo de enfrentar as graves lacunas quanto ao acesso aos serviços e à atenção integral à saúde. O Programa  de Expansão e Melhoria da Assistência Especializada à Saúde acrescentará às unidades já existentes na rede SUS 21 policlínicas e 16 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), com gestão dos consórcios intermunicipais de saúde constituídos nas 21 microrregiões de saúde do Ceará. Em dezembro, será inaugurado o Hospital Regional do Cariri (HRC), com o modelo de Organização Social (OS), já experimentado e aprovado  no Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara.

“A área da saúde é o campo mais propício para a formação de consórcios. O município sozinho não tem condições de ofertar todos os serviços  necessários à população, com investimento e custeio muito elevados”, pontua o manual Consórcios Públicos em Saúde Pública no Ceará – Estratégia
para o fortalecimento da regionalização da saúde, que orientou a criação dos 21 consórcios microrregionais do Estado. O Ceará optou por estimular a formação de consórcios em saúde, tomando por base os municípios localizados numa mesma microrregião de saúde, para facilitar o
processo de estruturação de redes de assistência à saúde. O Governo do Estado participa dos consórcios em todas as 21 regionais de saúde e é o responsável pela construção dos 16 CEOs e 21 policlínicas, aquisição de equipamentos para as unidades, conforme o serviço ofertado, e por
40% do custeio de cada unidade de saúde. O Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), entidade sem fins lucrativos, será responsável pela administração do Hospital Regional do
Cariri, com base em Contrato de Gestão firmado com o Governo do Estado. O modelo é o mesmo adotado no Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara,  que também tem gestão do ISGH, que, em 2002, tornou-se a primeira Organização Social de Saúde do Estado. O Hospital Waldemar Alcântara foi inaugurado em dezembro de 2002 e, em dezembro de 2005, tornou-se o primeiro Hospital Público Acreditado do Norte e Nordeste e único no Ceará  entre públicos e privados. No ano seguinte, conquistou o Nível II da Organização Nacional de Acreditação, Acreditado Pleno, condição que mantém até hoje.

O reflexo tangível da Acreditação é percebido, notoriamente, na satisfação dos clientes – o que é facilmente constatado pelo grau de satisfação  dos pacientes e familiares que são atendidos no Hospital Waldemar Alcântara, que no último mês atingiu 92% –, no clima organizacional e na
logística da assistência e dos serviços de apoio. O entusiasmo alcança todos os níveis estendendo-se até prestadores de serviço e fornecedores,  que se sentem parte da conquista. Em 8 anos de funcionamento, o Waldemar Alcântara realizou 67.320 atendimentos hospitalares, 150.740 consultas  ambulatoriais, 30.108 procedimentos cirúrgicos, 12.274 análises histopatológicas, 1.303.559 exames de análises clínicas e 162.834 exames de imagem.

Essas serão experiências consideradas na definição do modelo de gestão das futuras unidades hospitalares que expandirão a rede de assistência à  saúde no Ceará: o Hospital Regional da Zona Norte, que será entregue à população no primeiro semestre de 2011, o hospital de urgência e emergência  que será construído na Região Metropolitana de Fortaleza, que já tem terreno doado pela Arquidiocese, o hospital que será adquirido pelo Governo  do Estado, em Fortaleza, para a assistência terciária, e o hospital regional do Sertão Central, cujos estudos de implantação foram iniciados pela  Secretaria da Saúde do Estado.

Assessoria de Imprensa
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Selma Oliveira
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